Mário Gomes, Whindersson Nunes, Belo e Gracyanne: veja famosos que já perderam a casa ou ficaram à beira do despejo
Antes de ser despejado, o ator Mário Gomes desfrutava de uma vista privilegiada para o mar, a partir do bairro do Joá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Morava em uma mansão — que um dia foi avaliada em R$ 20 milhões. Era um local que ele próprio descrevia como “paradisíaco”. Segundo reportagem do jornal Extra no mês passado, o artista (hoje também político) deixou a residência com a família por conta de dívidas trabalhistas, além dever R$ 100 mil em IPTU.
O ator vivia no imóvel, vendido por R$ 720 mil, desde 2002 com a mulher, Raquel Palma, e dois filhos menores. A mansão foi a leilão para pagar dívidas trabalhistas de 84 costureiras que trabalhavam em uma confecção que o ator tinha no Paraná e que reclamavam o salário não recebido. A dívida na ocasião era de R$ 923 mil.
Veja fotos da antiga mansão de Mário Gomes
Conhecido como um dos grandes galãs da TV brasileira entre as décadas de 1970 e 1990, participando de novelas como “Gabriela” (1975), “Guerra dos sexos” (1983) e “Vereda tropical” (1984), o artista de 71 anos afirmou, à época, que a ação era “uma grande injustiça” e a classificou como “vexatória”.
Mas ele não foi o único. Relembre outros famosos que receberam ordem de despejo:
MC Guimê e Lexa
MC Guimê vivia junto com a ex-esposa, Lexa, na região do Alphaville, em São Paulo — Foto: Reprodução/Instagram
Em abril de 2023, os cantores Lexa e MC Guimê (antes um casal) sofreram ordem de despejo de uma mansão de luxo no bairro de Alphaville, em São Paulo, por não pagarem as parcelas do imóvel. A massoterapeuta Márcia Pessoa, proprietária do local, também alega que o casal fez mau uso da estrutura, avaliada em pouco mais de R$ 3 milhões. A mansão havia sido comprada pelo cantor em 2016, antes de se casar, mas ele não pagou todas as parcelas, já que deixou de quitar R$ 777 mil. Os antigos donos, então, acionaram a Justiça e o ex-BBB foi condenado a restituir R$ 421 mil em despesas com advogados, além de pagar o valor corrigido do imóvel.
Belo e Gracyanne Barbosa
Gracyanne Barbosa e Belo — Foto: Reprodução
Em 2022, Belo e a ex-mulher Gracyanne Barbosa foram alvo do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por falta de pagamento do aluguel de um imóvel em Moema, região nobre da capital paulista. O casal recebeu uma ordem de despejo e estaria devendo aluguéis, IPTU e outras contas de consumo no valor de R$ 222,1 mil. Além disso, havia a multa por rescisão contratual, de R$ 46,1 mil. Eles também foram condenados a pagar R$ 38,6 mil de indenização por danos materiais. Essa, porém, não foi a primeira vez que o casal foi processado por um locador após atrasar o pagamento. Em 2017, o pagodeiro deixou a casa em que vivia com a musa fitness, no Jardim Paulista, com uma dívida de R$ 500 mil, segundo a administradora do imóvel.
Whindersson Nunes
Whindersson Nunes — Foto: Reprodução
Também em 2022, o humorista Whindersson Nunes recebeu a ordem de despejo de duas salas comerciais em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. O TJ-SP acatou o pedido feito pela locatária do espaço, que pedia quase R$ 90 mil na ação. Naquela época, ele chegou a dizer que não sabia que estava sendo processado, mas que tinha tomado as providências necessárias para quitar a dívida. “Eu fui despejado de um lugar [em que] eu nunca pus os pés dentro”, escreveu.
Roberta Miranda
Roberta Miranda no especial 10 anos de Feminejo, em 2021 — Foto: Manuela Scarpa @agenciabrazilnews/Divulgação
A rainha do sertanejo, Roberta Miranda, também já passou por um despejo em sua vida. Mas ainda no início de sua carreira, mais especificamente alguns dias antes de compor “Majestade, o sabiá”, lançada em 1997. “Todo mundo imagina que eu estava na fazenda, mas eu não estava. Eu tinha acabado de ser despejada”, contou ela em entrevista à página Conceito Sertanejo. “Meus móveis (estavam) na rua e a Wanda Alves Sobrinho, dona de um salão mais top de São Paulo, olhou e falou (…): ‘Roberta, você quer morar na minha casa?’”. Aliás, o sabiá a que a canção se refere é, na verdade, um pássaro que havia ganhado da cabeleireira que havia a ajudado.
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira, o Beiçola de "A Grande Família" da TV Globo — Foto: Paulo Belote/Divulgação/TV Globo
Conhecido por interpretar o personagem Beiçola no seriado “A grande família", da TV Globo, Marcos Oliveira já recebeu ajuda de várias pessoas, amigos e famosos. As doações se referem aos pedidos que o ator faz em razão das dívidas de aluguéis atrasados. Na última vez, a influencier e criadora de conteúdo adulto, Martina Oliveira, doou pouco mais de R$ 12 mil para quitar a quantia de três meses que não foram pagos — doando ainda outros R$ 7.204,16, valor referente aos dois próximos aluguéis.
Nego do Borel
Nego do Borel — Foto: Reprodução
O funkeiro Nego do Borel foi processado em 2021 por não pagar o aluguel de um prédio comercial de alto padrão no Rio de Janeiro. De acordo com os proprietários, o artista teria arcado com os custos dos seguros de incêndio e fiança, além do condomínio e IPTU e os débitos referentes ao aluguel, que somavam R$ 12,1 mil. Na ocasião, a assessoria do cantor confirmou o processo, mas reforçou que ele estava “se reestruturando” para resolver as pendências. Em 2022, a Justiça determinou a penhora de uma mansão do funkeiro no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
Rafael Ilha
Rafael Ilha — Foto: Reprodução
A Justiça de São Paulo determinou, em fevereiro deste ano, o despejo do cantor Rafael Ilha, de 49 anos, de um apartamento no Morumbi, capital paulista. A decisão foi tomada a pedido da ex-mulher do cantor, Fabiana Bejar. Ele ficou famoso na década de 80, quando integrou o grupo Polegar. Foi casado com Fabiana entre 2002 e 2010, mas depois o casal se divorciou e acordaram que ela desocuparia o imóvel que haviam comprado juntos para que, posteriormente, ele fosse vendido e o valor, dividido.
Rafael, no entanto, foi morar no imóvel. Ele alegou que a ex não arcou com despesas condominiais, que ele precisou assumir e, por isso, ficou sem ter onde morar. Já Fabiana afirmou ter ressarcido o valor. A Justiça declarou que as discordâncias poderiam ser resolvidas em outra ação judicial e determinou o despejo.
fonte: O globo