Governo suspende 3,9 mil benefícios do Mais Social por uso indevido

Governo suspende 3,9 mil benefícios do Mais Social por uso indevido
Entre as irregularidades estão compra de bebidas alcóolicas, pagamento de jogos on-line e até de streaming de filmes e séries; Foto: Divulgação

A Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) suspendeu 3.985 pagamentos do Mais Social em janeiro. Os cartões foram suspensos por uso indevido e também por problemas com informações do CadÚnico (Cadastro Único). Entre as irregularidades estão compra de bebidas alcóolicas, pagamento de jogos on-line e até de streaming de filmes e séries.

Responsável por prestar atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar e nutricional, o Mais Social foi pago nesta semana para 87.920 pessoas, totalizando mais de R$ 26,3 milhões diretamente para famílias que precisam.

O programa de transferência de renda e apoio às famílias em vulnerabilidade social deve ser usado para compra de alimentos, itens de higiene pessoal e gás de cozinha em estabelecimentos como mercados, minimercados e supermercados dentro do Estado de Mato Grosso do Sul.

A compra de bebidas alcoólicas e produtos à base de tabaco (fumo, cigarro e similares) é proibida pela Lei nº 5.639, de 5 de abril de 2021, que criou o Mais Social. O Decreto nº 15.653, de 15 de abril de 2021, que regulamenta a lei, também fala da possibilidade de exclusão do beneficiário pelo uso indevido do cartão.

As irregularidades foram descobertas nos levantamentos mensais feitos pela Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos). A secretária Elisa Cleia Nobre explicou que com dados do Banco do Brasil, emissor do cartão, situações críticas são avaliadas pelos servidores do Mais Social e em caso de irregularidades o benefício pode ser suspenso. “Analisamos os casos críticos e procuramos entender se a ocorrência se trata mesmo de uma irregularidade. Em casos de uso indevido, o benefício pode ser perdido definitivamente”, alerta Elisa Cleia Nobre.

Ela afirma que todos os beneficiários recebem orientação de como fazer o uso correto do serviço. Por meio de um cartão com a função débito, o programa paga R$ 300 mensais para beneficiários que têm renda mensal familiar per capita inferior a meio salário mínimo. Ainda de acordo com a secretária, o monitoramento é importante para zelar pelo dinheiro público e garantir o pagamento para quem precisa.

Serviço

No caso de não recebimento do pagamento, o beneficiário deve procurar a coordenação local do programa em sua cidade para saber o motivo da suspensão do benefício. Dúvidas sobre o Mais Social também podem ser sanadas pelo telefone (67) 3368-9000.