‘Prefeitura lamenta que alguns guardas sejam alvos de investigação’, diz nota sobre operação do Gaeco

‘Prefeitura lamenta que alguns guardas sejam alvos de investigação’, diz nota sobre operação do Gaeco
15 guardas municipais são alvos na operação desta terça-feira; Foto: Antonio Coca/Ponta Porã News

A assessoria de imprensa de Ponta Porã emitiu há pouco, nota sobre a operação ‘Deviare’, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que mira 15 guardas municipais investigados por corrupção sistêmica. 

O texto diz que “a prefeitura de Ponta Porã lamenta que alguns integrantes da Guarda Municipal sejam alvos de investigação e oferece todo apoio necessário ao MPMS [Ministério Público de Mato Grosso do Sul] para o exercício de suas funções”, a nota termina afirmando que “todo servidor que descumprir as normas legais será alvo de sindicância administrativa na esfera que nos comete e punido nos termos da legislação, observado sempre o contraditório e o direito de ampla defesa”, conclui. 

Como informado anteriormente, a ação desta terça-feira, conta com o apoio operacional do Batalhão de Choque no cumprimento de oito mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão, nos imóveis dos investigados e no quartel da Guarda Municipal.

De acordo com as primeiras informações, depois da primeira fase realizada em 15 de setembro de 2022, quando foram apreendidos celulares, as autoridades descobriram um quadro de corrupção sistêmica por parte dos investigados que usavam as funções públicas para adquirir vantagens indevidas na fronteira, principalmente de sacoleiros. 

Também foi apurado, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, que os agentes se apropriavam das mercadorias contrabandeadas, como cigarros e armas. Além disso, a ‘organização’ destes guardas chamou atenção dos investigadores, já que integravam um grupo de WhatsApp chamado ‘Laranjas Podres’, usado para tratar sobre os produtos apreendidos. 

No decorrer dos trabalhos também foi possível constatar que alguns dos guardas municipais se dedicavam ao tráfico de armas e munições, dos mais variados calibres.

‘Deviare’

O nome da operação faz alusão ao ato de desviar (em italiano), já que a investigação do Gaeco se iniciou em razão do desvio de armas de fogo e munições por parte de guardas municipais em uma ocorrência de tráfico de drogas em agosto de 2021.